quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

criar e destruir.

O discurso. Suficiente para criar ou destruir qualquer coisa existente ou inexistente. Sou estudante de Direito (isso não significa muita coisa) e vejo isso o tempo todo, teoricamente e na prática. Creio que "Deus" é o maior fruto do discurso, a invenção mais criativa de todos os tempos. Por isso, Ele provavelmente será o objeto principal das indagações e divagações que pretendo expor aqui. Na realidade, serão praticamente desabafos, certos assuntos que eu não consigo parar de pensar em certos momentos e quero registrá-los em algum lugar, para não se perderem, ou, para ver como eu mesmo mudo durante o decorrer do tempo.

Os pensamentos que eu pretendo publicar aqui serão tentativas de argumentar de vários lados, mesmo não consistindo na minha opinião. Digamos que serão majoritariamente masturbações mentais, ideias e devaneios que tenho na rua, no ônibus, no carro, na bicicleta, na sala de aula, no banheiro, no cavalo, no telhado, aqui, ali e acolá.

Boa parte do mundo acredita em tudo o que dizem, outros não acreditam em nada, mesmo com evidências plausíveis. Alguns são apenas chatos, outros tentam pensar demais. O mais comum são pessoas que simplesmente não têm oportunidade ou vontade (muitas vezes devido o contexto social) de saberem o que realmente acontece, ou pelo menos, o que é mais próximo da realidade.

O meu grau de incerteza sobre certos assuntos é muito alto. Por isso comecei esse texto com "O discurso". Tudo depende dele, da sua sofisticação, sua capacidade de dobrar qualquer evidência. Já dizia Goebbels que uma mentira dita mil vezes, vira verdade. De fato, muitas vezes o discurso nem precisa ser rebuscado. Apenas precisa ser repetido, incessantemente; e isso faz parte da "sofisticação". Às vezes, só precisa de um sentimentalismozinho e muita gente falando as mesmas nojeiras ao mesmo tempo. Algo engraçado: boa parte das pessoas que eu questiono "por que você acredita em Deus?" responde "pô, fui criado assim, minha família toda acredita". Impressionante que não param para pensar por que PENSAM.

Há pouco interesse na história de certas crenças. Nem me refiro às atrocidades praticadas sob a égide de bandeiras religiosas, e sim, sobre a evolução dos pensamentos, de como surgiram e como foram aceitos pelo povo da época. Uma hora acreditam no poder dos ascendentes mortos, outra hora em gigantes com um olho só e outra em barbudos cabeludos que desafiam as leis da física e da natureza.

O interessante é que atualmente se alguém for pobre, barbudo, cabeludo, ou os dois e tiver idéias caóticas sobre como o mundo funciona e ainda se dizer o filho do Sol, você pode ter certeza que este seria mais um excluído que pede dinheiro. E se você souber que este maluco com doze anos deu aulas para doutores? Você vai pensar "era um prodígio e o governo não fez nada para amparar o infeliz!".

Enfim, nesse blog não sou contra nada. Apenas quero propor discussões sobre assuntos variados, sem tentar convencer, sem pragmatismo, todavia sempre com intenções.

4 comentários:

Leonardo Dalvi Alvarenga disse...

Não costumo comentar... mas, de fato, nada como um blog pra gente jogar tudo o que pensa.

ballerina disse...

não sabia que você montava, e nem que Los Hermanos desafiavam as leis da física e da natureza. Mas sabia que você adora discutir ;)

beijasso joquito!

Pí Ême. disse...

Amorito,
Adorei isso daqui e vi muito das coisas que conversamos.
Boa sorte nessa jornada blogueirística.
amo vc.

=*

pétala. disse...

joaquim ahazando na nova gramática.